terça-feira, 28 de outubro de 2008

Tudo é e-/re- volução

Quando era pequeno sonhei em ser “Cientista Maluco”, como eu queria... As influências da TV me forneciam a certeza que como cientista maluco iria desenvolver fórmulas. Mas não aquelas que sempre caiam nas mãos erradas e criavam monstros e destruíam a cidade, e sim aquelas fantásticas fórmulas que davam forças a super heróis e com certeza salvariam o mundo de toda destruição. Naquela época eu mal sabia que estávamos vivendo o fim de uma ditadura e alguns monstros haviam sido derrotados sem minhas fórmulas. Após tentar executar uma das fantásticas experiências (até hoje tenho certeza que aquela iria dar certo) embaixo do carro de meus pais, com água sanitária, álcool e fósforo e ser impedido de acender o fósforo momentos antes de transformar aquela maravilhosa fórmula, numa explosão que no mínimo faria um moleque de 6 ou 7 anos voar pelos ares.

Quando você é criança, as constantes fantasias da profissão ideal lhe dão créditos para crer que irá mudar o mundo, e normalmente você odeia os vilões, portanto sempre acredita em alterar tudo e ajudar seus heróis da infância.

Em seguida junto ao meu melhor amigo de infância abri uma loja, a partir daquele momento meu negócio era vender, criei o nome que era "Pig-nai" não sei bem ao certo a origem (talvez chinês?), desenvolvi um cartaz, panfletos, tabela de preço e lá fomos os dois pequenos empreendedores praticamente "saquear" nossas casas em busca de objetos que já não eram utilizados por nossas mães, com o objetivo de nos manter competitivos no mercado, nosso ponto de venda era a área do bar do pai deste meu amigo e vizinho da minha casa. Com guarda-pó cedido por meu pai "trabalhávamos" nas férias das 8h00 as 17h00 (porque depois disso o bar começava ficar muito cheio), não consegui ficar rico, porem em mais uma situação acreditava que as poucas coisas que vendi mudariam a vida dos meus "clientes".

Próxima fase? O consagrado sonho de jogar futebol e durante a fase que queria isto acreditei demais na opção e na realização deste, depois ambicionei ser piloto de corrida e também acreditei, em seguida advogado, ah como sonhei... Já era um pouco maior e entendia que como advogado prenderia todos os bandidos (já não eram mais vilões da TV) e sim autores de atrocidades que observava na sociedade. Confesso que acreditei por um grande tempo que minha vocação era o direito, certo dia me deparei com uma situação e cheguei à conclusão que a lei não era tão absoluta e leal como acreditava, enfim não merecia mais meu respeito e minha vontade e dedicação a ela.

Então parti para a informática, como fazia alguns folderes para festas de amigos e sites para conhecidos (ano de 96), achei que a informática era a melhor opção, e por 5 anos, já adolescente e caminhando para a juventude, conquistei os primeiros "bens" materiais somente com meu dinheiro, tênis da Adidas, sai a noite sem pedir dinheiro, fiz minha primeira tatuagem, viajei com amigos para a praia e segui o Atlético em alguns lugares do Brasil entre outras ações que para um jovem com seus primeiros salários causa uma sensação de "sair da gaiola" indescritível.

Já na juventude observei que a informática não era minha prioridade muito menos minha paixão, e não sei se isto tem haver com signo ou personalidade, mas até hoje, se eu não estiver apaixonado pelo que faço simplesmente tudo perde a graça. Então era a hora de decidir. Estava no 5º período da faculdade de Análise de Sistemas e analisei (já que fazia analise hehe ai ai ai como sou engraçado) que as únicas tarefas que me realizavam na empresa que trabalhava eram as relacionadas a comunicação, que alegria quando finalizava um material, ou então colocava alguma informação na intranet, ou ainda recebia algum arquivo da agência que nos prestava serviço para repassar a gerência, enfim sentia que aquilo iria atingir alguém, iria motivar uma mudança ou a criação de um sentimento na pessoa. Dentro desta situação lembro que o impulso final de buscar a coragem necessária para a mudança veio quando a empresa que eu trabalhava iria lançar o celular BABY e a campanha era muito bonita e passava uma inocência sem tamanho que realmente cativava. No sábado seguinte, com muito sol e aula das 7h30 as 12h10 eu cancelava a matricula e iniciava do 0 uma nova faculdade no ano seguinte.

Hoje observo profissionais da minha área com enorme exaltação de seu ego, com atitudes que só favorecem as suas carcaças e panelas que não cozinham nada muito temperado, enfim que buscam o status e o retorno pessoal única e exclusivamente.Eu ainda acredito que comunicação é uma função com enorme responsabilidade, tanto dentro de uma agência, como em empresas nas quais possa prestar serviço, afinal você repassa mensagem, como profissional da área você traz uma das principais atribuições do ser - humano a tona que é o relacionamento entre pessoas, as idéias trocadas enfim a comunicação.

Eu acredito sim que como publicitário e em breve especialista em Comunicação Empresarial, posso proporcionar a várias pessoas as quais eu me incluo uma evolução e porque não uma revolução através de ações.

Sonhos? Devaneios? Loucura? Pode até ser, porém não pago nada para isto!

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