segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

TI embaça ou ajuda?

Achei muito interessante e real esta matéria na Info Exame, que comenta sobre a quase obsesassão das área de T.I, em bloquearalguns acessos nas empresas:

Vetar redes sociais dá o que falar contra a turma de TI

De tempos em tempos, a tecnologia da informação passa por dias de provação, ou melhor, de malhação. Lembra quando se dizia que dava para achar TI em todo lugar, menos nas estatísticas de produtividade?

A frase do Prêmio Nobel Robert Solow foi usada por anos para desancar investimentos em tecnologia da informação na década de 90. Mais recentemente, o escritor Nicholas Carr, na época editor da Harvard Business Review, detonou nova onda de estragos na reputação de TI ao constatar que muita coisa da tecnologia da informação tinha virado commodity.

Agora, com as redes sociais tomando conta do universo, TI se empenha em cortar o acesso a elas de quem está dentro dos escritórios. Nada de orkut, nada de YouTube, nada de Facebook. Como se todo mundo fosse passar o dia farreando se pudesse se informar ou se comunicar pelas redes. Bem, TI está dando um tiro no próprio pé.

Em novembro, Jimmy Wales, pai da Wikipedia, esteve em São Paulo por alguns dias. Em uma de suas aparições, num evento da Telefônica, se pôde ouvir, publicamente, a reação que o veto de TI às redes sociais provoca nos ambientes de trabalho. Com franqueza desconcertante — havia um monte de profissionais de TI na platéia —, o publicitário Walter Longo, vice-presidente de Estratégia e Inovação da agência de publicidade Young & Rubicam, ao entrevistar Wales afirmou, entre outras coisas, que TI causa enorme perda de produtividade no trabalho, por bloquear o acesso à inteligência distribuída na internet.

O que particularmente parecia irritar Longo era a proibição do YouTube até para o pessoal de marketing — para quem, evidentemente, o YouTube é uma referência master. As palavras de Longo só chocaram por serem públicas. Nos cafés das empresas se ouve coisa muito pior. Todo dia. Quem tem menos de 25 anos não concebe uma forma de trabalhar sem a generosa e eficientíssima troca de informações pelas redes da web.

Mas muito mais gente considera que a TI está empatando. Veja o que acha o Conselho de Segurança Para Inovação nos Negócios, formado por empresinhas como eBay, Time Warner, Novartis e Motorola. O conselho sugere que o foco em segurança da informação mude para administração de risco de informação.

“No fim das contas, o maior risco que uma empresa enfrenta não é que determinada informação seja comprometida ou certa plataforma desativada, mas que as expectativas dos consumidores não sejam alcançadas”, argumentou Bill Boni, vice-presidente de segurança da Motorola.

O IDC tem uma pesquisa que mostra o quanto se perde em nome de paranóias. A empresa ouviu este ano aproximadamente 200 altos executivos e profissionais de segurança nos EUA, investigando as relações entre inovação e segurança. Nada menos que 80% dos entrevistados reconheceram que desistiram de inovar por causa de preocupações com segurança.

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