quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Humildade não é muleta

Como frequento festas da cultura HIP HOP há mais de 10 anos, acostumei ouvir constantemente uma palavra chamada humildade qualquer frase pra qualquer ação acompanhava a palavra humildade, muitas vezes jogada aos quatro ventos, nestas observações e análises constantes que faço da vida, notei que normalmente quem muito usava esta palavra não era exatamente um exemplo de definição da mesma.
No mercado, principalmente nas áreas que transito que são comunicação e marketing, hoje observo muitas pessoas com esta mesma "ladainha", a diferença básica é que no HIP HOP o cara normalmente vinha pedir dessa forma: "pode me agilizar um careta na humildade, mano", que traduzido queria dizer se você poderia dar um cigarro para o rapaz, já no mercado que atuo muitos profissionais não utilizam a humildade sequer de muleta semelhante ao gurizão do HIP HOP que eu citei.
Acredito que nossa trajetória nesta vida, somando atribuições pessoais e profissionais temos muitas escolhas (não sei porque isto me pareceu um tanto clichê), e estas escolhas vão formar nossa história de vida, o que deixaremos, afinal mesmo nas questões profissionais trabalhamos com pessoas, ninguém telefona para outra empresa e diz:

- Alô! Boa Tarde é do CNPJ tal?
- Isto é daqui mesmo senhor!
- Boa Tarde aqui é o CNPJ bararara e gostaria de lhe apresentar um produto...

Tudo isto serviu para que eu conclua o meu pensamento dizendo o nosso trato com as pessoas é o que marca nossas características pessoais e inclusive profissionais, penso que grande profissionais chegaram ao topo, mas o que irá mante-los lá será sempre a humildade.
Não esta humildade utilizada de muleta por muitos setores da sociedade, mas a humildade certa e convicta que a experiência ou a criação proporciona a um cidadão.

Para ilustrar este texto, uma história muito interessante:

No Curso de Medicina, o professor se dirige ao aluno e pergunta:
- Quantos rins nós temos?
- Quatro! Responde o aluno.
- Quatro? Replica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer em tripudiar sobre os erros dos alunos.
- Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala. Ordena o professor a seu auxiliar.
- E para mim um cafezinho! Replicou o aluno ao auxiliar do mestre.
O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala. O aluno era, entretanto, o humorista Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), mais conhecido como o Barão de Itararé.
Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:
- O senhor me perguntou quantos rins ´nós temos`, ´Nós` temos quatro: dois meus e dois seus. ´Nós` é uma expressão usada para o plural. Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.
A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento! Às vezes as pessoas, por terem um pouco a mais de conhecimento ou 'acreditarem' que o tem, se acham no direito de subestimar os outros...

Pense nisso e viva de maneira respeitosa. E haja capim..

Um comentário:

Anônimo disse...

hahahahaha